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15 de março de 2013

A Lista de Schindler (1993) de Steven Spielberg

Há 20 anos atrás dizia-se que a academia cinematografica (oscars) estava chateada com o cineasta norte americano Steven Spielberg. Ele tinha feito vários filmes de enorme sucesso e qualidade que não tinham recebido o devido valor pela academia, mas após A Lista de Schindler (1993) era impossível não "encher" de prémios este filme, que muitos apontam como o melhor sobre o genocídio da II Guerra Mundial.

A historia é inspirada em algumas partes da vida de Oskar Schindler (Liam Neeson) que durante a II Guerra Mundial ajudou a vários judeus a escapar dos campos de concentração. Retrata também os campos de concentração e as perseguições feitas pelos nazis aos judeus ou aqueles que resistiam à sua lei.

Dou um 9/10, embora haja algumas criticas à maneira como Spilberg manejou os acontecimentos para dar à historia uma vertente mais moral, também não deixa de ser verdade que estamos perante um filme que nós lembra o terror daquilo que se passou. Tecnicamente está perfeito, a utilização do preto e branco, a fotografia, os atores, até mesmo a duração (185 minutos).

13 de março de 2013

O Impossivel (2012) - Filme de Juan A. Baiona

Embora possa não parecer este filme é espanhol, tanto a produção como o cineasta são espanhóis, mas Baiona quis que este filme tivesse uma projeção internacional e reaver os 30 milhões investidos nele. Assim, que foram contratados Naomi Watts e Ewan McGregor para os papeis principais e ao final o filme foi um verdadeiro bockbuster.

O filme conta a historia verídica de uma família europeia que vai passar as ferias de natal numa praia paradisíaca na Tailândia. Contudo em poucos segundos o paraíso passa a inferno quando toda a zona é varrida pelo maior tsunami de historia.

Dou um 7/10, gostei bastante da recriação do tsunami, é magnifico ver os pequenos detalhes e a monstruosidade que foi aquelas ondas gigantes. O filme chama demasiado ao sentimentalismo e à lágrima fácil, mas é um filme empolgante, com boas atuações, um argumento bem trabalhado e um trabalho técnico excelente.

11 de março de 2013

Papillon (1973) com Steve McQueen

Quando era criança lembro-me de ver Papillon (1973) e ficar impressionado com a dureza da historia contado pelo cineasta Franklin J. Schaffner. Agora aproveitando o 40º aniversário do filme decide revê-lo e esperar que sensações me dava. Papillon (1973) é hoje considerado um classico, com dois atores que enchem o ecrã, Steve McQueen e Dustin Hoffman.

É uma historia verídica sobre a vida de Papillon (Steve McQueen), que é acusado por ter morto um chulo e é enviado a uma prisão na Guiana Francesa. Essa prisão é anti-fugas, mas Papillon não pretende ficar muito tempo ai e intenta fugir algumas vezes, o problema é que as condições na prisão são desumanas e Papillon passa muito tempo em solitária.

Dou um 8/10, um dos filmes mais importantes da carreira de Steve McQueen, a sua transformação física é impressionante. Além disso o filme tem uma vertente social ao denunciar os maus tratos que sofriam os prisioneiros. Filme que tem poucos diálogos mas que em nenhum momento é aborrecido, pelo contrario, absorve por completo a nossa atenção.

Como curiosidade, a cena inicial do filme é gravada em Hondarribia (País Basco Espanhol), e não em França como tenta demonstrar, está a só 7 km da minha casa, aconselhável uma visita à zona velha.

1 de março de 2013

Serpico (1973) de Sidney Lumet

A carreira de Sidney Lumet foi rica em grandes filmes, tantos que por vezes Serpico (1973) não é referido como essas grandes obras do cineasta. Uma injustiça, diga-se desde já. O filme foi um verdadeiro sucesso de bilheteira e 40 anos depois da sua estreia é considerado como um clássico do cinema. O filme foi baseado no livro de Peter Maas e deveria ser obrigatório das escolas.


A historia é sobre Frank Serpico, um policia de Nova Iorque que desde criança quis ser policia. Contudo ao chegar às patrulhas nota que os distintos departamentos a que é enviado estão cheios de corrupção, os policias cobram dinheiro e com consentimento dos seus superiores. Frank decide não receber dinheiro e isso irá criar-le vários inimigos dentro da policia.

Dou um 8/10, uma historia que vale a pena ser contada e visto. Um exemplo como ser humano que com os seus princípios claros não se deixa corromper por uma sociedade mesquinha e sem valores. A atuação de Al Pacino e bastante boa. Sidney Lumet trabalha bastante bem o filme em termos de som e imagem e vai-nos contado a historia com alguns flash backs bastante interessantes. Um maravilhoso filme.

27 de fevereiro de 2013

Argo (2012) de Ben Affleck

Ben Affleck é considerado por muitos como um "canastrão", tanto como ator como cineasta, já por varias vezes foi nomeado aos Golden Raspberry (prémios americanos aos piores no cinema). Contudo, olhando ao seu curriculum, vemos que dirigiu Gone Baby Gone (2007) ou escreveu Good Will Hunting (1997). E eis que agora dirige e atua em Argo (2012), filme aclamado pela critica e publico, que incluso já recebeu inúmeros prémios.

É uma historia verídica e passa-se em 1979, quando a embaixada norte-americana em Teerão é invadida por militantes islâmicos e estudantes iranianos, exigindo a extradição do ex-governante do país Mohammad Reza Pahlavi, gerando uma crise de reféns. Entretanto, seis americanos conseguiram sair da embaixada antes da invasão, escondendo-se na residência do embaixador do Canadá, o CIA vai tentar resgata-los.

Dou um 8/10, um verdadeiro thriller, cheio de adrenalina que com o desenrolar dos acontecimentos nós transmite muita tensão. Os pormenores estão deliciosos, o retrato dos acontecimentos e da época está excelente, parece mesmo que estamos em Teerão. Embora se possa acusar que o filme é uma exaltação aos serviços americanos também não deixa de ser menos verdade que desde o primeiro minuto Affleck culpa os norte americanos da situação existente em 1979 no país. Um dos melhores filmes de 2012.

5 de fevereiro de 2013

Heleno (2012) - Filme Brasileiro

No mundo do futebol são varias as personagens que fogem ao habitual discurso do típico jogador de futebol. Há uns quantos jogadores talentosos que rompem as apertadas regras dos clubes de futebol, um deles foi Heleno de Freitas. O cineasta José Henrique Fonseca dirigiu o filme e o famoso ator Rodrigo Santoro interpreta o papel principal.

A historia desenrola-se na década de 40 e 50 e acompanha a carreira profissional do jogador Heleno de Freitas, desde o sucesso que conseguiu atingir pelo Botafogo até à sua decadência e internamento num sanatório. Heleno era também advogado, boêmio, irritadiço, galã e intratável. Um homem que viveu cada dia como se fosse o ultimo, sem qualquer plano de futuro.

Dou um 6/10, gosto bastante de futebol e estas personagens rebeldes são realmente interessantes de conhecer. A opção do cineasta pelo preto e branco foi acertada e os pormenores da caracterização da época são excelentes, assim como, a interpretação de Rodrigo Santoro e a sua mudança física. Como ponto menos positivo é a pouca ou quase nula referencia à vida de Heleno antes de se tornar uma estrela do Botafogo.

1 de fevereiro de 2013

Kon-Tiki (2012) - Filme Norueguês

Este ano parece que temos vários filmes escandinavos a entrar a discutir nas bilheteiras com os filmes norte americano. Depois do filmes dinamarquês O Amante da Rainha (2012), agora temos Kon-Tiki (2012), filme norueguês nomeado para os globos de ouro e oscar's como melhor filme estrangeiro. Além disso, tem tido uma excelente bilheteira na Europa.

O filme conta a historia da aventura que o cientista Thor Heyerdahl, que para comprovar que a sua teoria sobre a origem da população na Polinésia, estava certa decidiu viajar desde o Peru até à Polinésia em uma jangada em 1947. Durante os 100 dias de viagem passam por uma completa odisseia marítima, onde por vezes até a esperança de sobrevivencia esteve em causa.

Dou um 7/10, uma historia verídica que gostei bastante de conhecer, além do bom argumento, o filme tem vários pormenores interessantes, a fotografia é soberba, o imenso oceano pacifico, cheio de vida e perigo à volta de uma pequena jangada. A caracterização da época está bastante bem, tanto nos Estados Unidos como no Peru, não deixa que ser assinalável para um filme com tão baixo orçamento. Um filme a ter em conta.

30 de janeiro de 2013

The Great Escape (1963) com Steve McQueen,

The Great Escape (1963) é possivelmente dos filmes mais famosos sobre fugas de prisão, são inúmeras as suas cenas famosas e logicamente hoje o filme é considerado como um clássico do cinema.  Teve o nome no Brasil de Fugindo do Inferno, e em Portugal de A Grande Evasão. Foi dirigido por John Sturges, ele que fez também Magnificent Seven (1960). O filme foi um sucesso de bilheteira desde a sua estreia.

A historia durante a II Guerra Mundial, e é baseada numa historia verídica, os mais perigosos prisioneiros de guerra aliados são levados a um novo campo de prisioneiros de segurança máxima. O Chefe de Grupo Ramsay é o interlocutor dos prisioneiros com o comandante do campo, Coronel von Luger. Muitos deles contavam com várias fugas e recapturas.

Dou um 7/10, é dos poucos filmes que consegue misturar na perfeição ação, diversão, entretenimento, princípios e valores. Embora o filme seja baseado em acontecimentos reais, na sua adaptação ao cinema houve alguma exagerações e juntaram algumas historias para tornar o filme mais atrativo. Todo um clássico do cinema que cumpre este ano o seu 50º aniversário e merece ser sempre relembrado.

28 de janeiro de 2013

O Amante da Rainha (2012) - Filme Dinamarques

A Royal Affair (2012) é um dos filmes europeus com mais nomeações e prémios deste ano, tanto no velho continente como nos famosos prémios americanos, foi nomeado para os globos de ouro e oscar na categoria de filme estrangeiro. Foi dirigido por Nikolaj Arcel, um cineasta desconhecido até agora.

A historia baseia-se numa historia verídica e passa-se na Dinamarca no século XlX, Caroline Mathilde de Hanovre, uma britânica é mandada à Dinamarca para casar com o rei deste país, Christian VII. Não existe amor e o rei é um homem meio louco, facilmente influenciável, enquanto a rainha não nutre por ele o mais pequeno sentimento de simpatia. Um dia o rei contrata um medico pessoal, e este irá mudar tudo.

Dou um 7/10, bastante interessante esta historia verídica, mostra-nos as intrigas que existiam nas cortes europeias e a força que tinha a igreja católica no poder. O retrato da época está excelente, assim como, o guarda roupa e as personagens. Inclusive o cuidado que tiveram com os idiomas utilizados e sotaques é de salientar. Certamente um dos principais filmes europeus deste ano que merece sem duvida a sua visualização.

20 de janeiro de 2013

Lincoln (2012) de Steven Spielberg

Quando um dos cineastas mais famosos e com mais sucessos de bilheteira se propõe retratar a um dos presidentes mais influentes da historia norte americana, estamos perante o que poderá bem ser um dos principais filmes do ano. Steven Spielberg filma Lincoln (2012).

A historia aborda o 2º mandato do presidente Lincoln. A guerra civil está a chegar ao fim, e Lincoln tem intenção de antes do seu fim terminar com a escravitude. Contudo não tem a maioria dos votos no senado e terá de haver manobras de bastidores para passar essa lei.

Dou um 7/10, Spielberg acerta em cheio na caracterização da época, guarda-roupas, maquilhagem, iluminação, etc. A interpretação de Daniel Day-Lewis é magnifica. Certamente um filme obrigatório para qualquer norte americano pela importância da época, embora para um europeu como eu essa importância é pouca, ainda assim, tecnicamente o filme está excelente.

10 de novembro de 2012

La Conquête (2011) - A Ascensão de Sarkozy

Nicolas Sarkozy foi das personagens politicas mas controversas dos últimos tempos, não só pela sua forma de estar na politica como na sua vida social cheia de noticias. Xavier Durringer dirigiu La Conquête (2011), que como era de prever criou polémica e teve muitas criticas negativas, ainda assim, teve uma boa receita de bilheteira.

A historia conta a vida de Nicolas Sarkozy (Denis Podalydès) entre 2002 até à sua chegada ao poder. Em 2002 Sarkozy é apontado ministro do interior e a sua popularidade vai em crescendo até que em 2007 chega à presidência da republica francesa. Na campanha para a sua eleição o seu relacionamento com Cécilia (Florence Pernel) chega ao fim mas Nicolas tenta convencer a Cecília para o acompanhar até à sua vitoria.

Dou um 7/10, é sempre interessante ver um filme sobre os bastidores políticos europeus, e este filme é basicamente sobre isso, as guerras politicas dentro dos partidos, as intrigas, as mentiras e armadilhas que se criam. É sempre difícil fazer uma biografia de alguém que ainda está vivo e a sua historia decorreu à pouco tempo, mas em geral dá uma ideia razoável daquilo que aconteceu a Sarkozy até a chegada ao Palácio do Eliseu.

30 de agosto de 2012

Canção Triunfal (pt) - A Canção da Vitória (br)

Yankee Doodle Dandy (1942), faz este ano o seu 70º aniversário, e foi estreado em plena II Guerra Mundial, numa altura em que Hollywood produzia vários filmes de teor nacionalista. Em 1941 foi Sargento York e em 1942 Yankee Doodle Dandy foi o mais famoso. Filme musical e biográfico sobre George M. Cohan, considerado o pai da comédia musical. Michael Curtiz dirigiu este filme, ele que é mais conhecido por Casablanca (1942).

A historia é sobre a vida de George M. Cohan, desde a sua infância quando viajava com os seus pais e irmã pelos Estados Unidos e interpretava vários papeis nos teatros locais, até se converter num dos produtores mais importantes de Broadway. Durante a I Guerra Mundial foi autor de uma canção patriótica, Yankee Doodle Dandy, que viria a tornar-se um hino para o exercito.

Dou-lhe um 5/10, não gosto de filmes patrióticos, e este chega a ser ridículo todo o falso romantismo "à Hollywood" sobre a vida de George M. Cohan. Quem considera este filme como uma obra prima só pode ser americano e do partido republicano, pois o furor patriótico é demasiado enjoativo. Como ponto positivo, há que assinalar a interpretação de James Cagney, um dos melhores atores dessa época.

18 de julho de 2012

A Ordem e a Moral (2011) - Filme de Mathieu Kassovitz

Mathieu Kassovitz é um cineastas com um trajeto estranho, para não dizer decepcionante. A sua 2ª longa metragem foi o filmes francês O Ódio (1995), uma obra prima, e a partir daí coleccionou filmes bastantes maus, como Gothika (2003) ou Babylon A.D. (2008). Lógico que tinha as minhas duvidas sobre o seu ultimo trabalho, L’Ordre et la Morale (2011).

Desde que estou a viver no Pais Basco que fiquei mais interessado sobre regiões que procuram chegar a independência e A ordem e a Moral (2011) fala sobre acontecimentos na Nova Caledónia, uma pequena ilha junto à Austrália que pertence à França e tem um movimento independetista forte.

A historia é baseada em fatos reais que se passaram em 1988 na Nova Caledónia, quando um grupo de Canacos independentistas entra numa esquadra da policia local e mata a quatro policias e faz reféns aos restantes. Isto a 10 dias das eleições presidenciais em França. Um negociador, Philippe Legorjus (Mathieu Kassovitz), é mandado para o local mas cedo se apercebe que não haverá negociações

Dou-lhe um 7/10, é importante que salgam filmes como este para aclarar um pouco a verdade sobre estes acontecimentos e demonstrar que os políticos estão mais interessados em manter o poder do que salva guardar o bem estar da população. O filme atrai a nossa atenção desde os primeiros minutos e por polémicas teve de ser filmado em Tahiti. O único que não gostei foi a "limpeza" que M. Kassovitz quis dar aos agressores canacos, foram eles que utilizaram a violência primeiro.

10 de julho de 2012

Centre Stage (1992) - A Atriz

Para muitos críticos de cinema Centre Stage (1992) é o melhor filme de Hong Kong alguma vez feito. Comemora este ano o seu 20º aniversário e foi dirigido por Stanley Kwan, que com este filme conseguiu o ponto mais alto da sua carreira, até hoje. O filme recebeu vários prémios e nomeações sobretudo pelo desempenho da atriz principal Maggie Cheung.

O filme aborda uma historia verídica, baseia-se na trágica vida de Ruan Lingyu (Maggie Cheung), uma famosa atriz chinesa dos anos 20/30 (no cinema mudo) que se suicidou com apenas 24 anos e no auge na sua carreira. Vemos também uma espécie de tertúlia já nos anos 90 sobre a vida desta atriz.

Dou-lhe um 6/10, tem alguns pontos positivos, a montagem está bastante bem, Stanley Kwan mistura várias imagens de arquivo com outras nos anos 90 de uma maneira harmoniosa. A atriz principal, Maggie Cheung, é de uma sensualidade e beleza incrível. Como pontos negativos, achei que a duração do filme é excessiva, 154 minutos, o que torna o filme por vezes lento e em alguns momentos aborrecido.

22 de junho de 2012

Too Big to Fail (2011) - Filme Sobre a Crise

Poucos dias após Espanha ter recebido o maior resgate financeiro alguma vez feito na União Europeia vi Too Big to Fail (2011), filme sobre o inicio da crise pela visão do governo Norte Americano. Algo anedótico foi a forma como o 1º ministro espanhol disse que não era um resgate era uma linha de credito que Espanha tinha conseguido, grande cómico este homem.

Mais um filme do canal de pago HBO, o segundo que falo em menos de um mês, o outro foi Game Change (2011), e mais uma vez com um excelente elenco, com nomes como William Hurt, Paul Giamatti, James Woods ou Matthew Modine. Dirigido por Curtis Hanson que anteriormente fez filmes como 8 Mile (2002) ou L.A. Confidential (1997).

A historia é sobre a crise económica de 2008 desde o ponto de vista do secretario de tesouro americano Henry Paulson. Após a queda de um banco pequeno, começa a perfilar-se a queda de Lehman Brothers, o governo decide não intervir no mercado e dá-se a possibilidade de cair a maior seguradora do país. A crise financeira ganha proporções gigantescas e o governo tem de atuar com rapidez.

Dou-lhe um 7/10, é um filme de difícil compreensão pelos termos técnicos utilizados, ainda assim, para quem já está dentro do assunto entenderá o essencial. O filme traz uma visão diferente, mostra como o poder norte americano reagiu ao inicio da crise. O filme que deve ser visto juntamente com Inside Job (2010) e Margin Call (2011) para ter uma visão panorâmica de todo o início da crise.

12 de junho de 2012

Game Change (2012) - Trama Politico

O ano passado estreou Ides of March (2011), um trama politico onde se revelava os bastidores das campanhas para as presidenciais norte americanas, agora surge Game Change (2012) filme feito para um canal de pago dos EUA, que foi dirigido por Jay Roach, que tem trabalhos sobretudo cómicos, Meet the Parents (2000) ou Dinner for Schmucks (2010). Mesmo sendo para a televisão este filme contou com um elenco de luxo como Julianne Moore, Woody Harrelson ou Ed Harris.

A historia baseia-se no livro de dois jornalistas que documentam a campanha dos Republicanos para a corrida à presidência dos estados unidos em 2008. McCain's está nas eleições contra Obama e os seus assessores aconselham-no a escolher uma vice presidente para contra-balançar o carisma de Obama. Após um estudo de mercado decidem escolher à governadora de Alaska, Sarah Palin. Ela demonstra grande carisma entre a população mas tem grandes problemas com os jornalistas.

Dou-lhe um 7/10, adoro estes filmes sobre os bastidores das eleições, vemos como os políticos são escolhidos e sobretudo quem está por detrás das grandes escolhas e movimentações. A interpretação de Julianne Moore está igual que Palin enquanto que Ed Harris está um pouco exagerado ao fazer de McCains's. Engraçado ver como uma personagem como Palin, uma pessoa com pouca cultura, chegou onde chegou.

25 de março de 2012

My Week with Marilyn (2011)

Ninguem tem duvidas que Marilyn Monroe foi o maior símbolo sexual do século passado, ainda hoje faz parte da cultura pop dos nossos dias, estando a sua imagem refletida nos mais diversos meios de comunicação. My Week with Marilyn (2011) foi dirigida por Simon Curtis, um inglês com 52 anos que faz a sua estreia como realizador. O filme recebeu boas criticas e teve presença nos principais prémios de 2011.

A historia foi baseada no livro biográfico de Colin Clark, que em 1957 era um jovem assistente de direção no filme The Prince and the Showgirl, dirigido por Laurence Olivier (Kenneth Branagh) e que contou com Marilyn Monroe (Michelle Williams) que na altura já ara uma atriz muitíssimo famosa. A relação entre Laurence Olivier e Marilyn Monroe vai piorando com o passar do tempo e Marilyn, cheia de problemas pessoais, começa a criar uma amizade com Colin Clark (Eddie Redmayne).

Dou-lhe um 7/10, gosto bastante de ver filmes sobre os bastidores da 7ª arte, sobre os problemas para "levar a bom porto" um determinado filmes. Neste, além disso, há também boas interpretações sobretudo de Michelle Williams, uma boa fotografia, guarda roupa e representação da época. Há que referir também a homenagem que se faz a uma das maiores estrelas do cinema, Norma Jeane Mortensen, uma mulher bela, sensual, depressiva, com falta muita falta de carinho.

9 de março de 2012

A Dama de Ferro (2011) com Meryl Streep

Quando se decidiu realizar The Iron Lady (2011) muitos ingleses se perguntaram o porquê da escolha de Meryl Streep visto que ela não é britânica. Mas após a visualização do filme acredito que ninguém duvidou que foi a melhor escolha. O filme foi dirigido por Phyllida Lloyd, uma jovem cineasta que antes fez Mamma Mia! (2008) e outros trabalhos no teatro.

A historia é sobre a vida de Margaret Thatcher (Meryl Streep), a primeira mulher (e ate hoje a única) a ser primeira ministra britânica. Retrata a vida desde a perspectiva atual, uma mulher idosa que luta para manter a sanidade mental, e que recorda os momentos mais importantes da sua vida. Uma figura bastante controversa que ainda hoje não se chega a nenhum consenso.

Dou-lhe um 7/10, é e será sempre um filme controverso, tal como a imagem de Thatcher, que foi a 1ª ministra com mais tempo no poder no século passado. A interpretação de Meryl Streep é impressionante, venceu os principais prémios de 2011 e com todo o mérito. A maquilhagem também esta bastante bem. Eu pessoalmente gostei bastante de conhecer a vida pessoal e o envelhecimento de Margaret Thatcher.

5 de março de 2012

J. Edgar (2011) de Clint Eastwood

É um privilégio poder assistir anualmente a filmes dirigidos por Clint Eastwood (este ano faz 82 anos). Uma lenda viva da 7ªarte que continua a trabalhar no cinema e nós só podemos agradecer essa dedicação. O ano passado lançou Hereafter (2010) que obteve uma boa receita mas as criticas em geral foram más, este ano com J. Edgar (2011) o filme repete-se, boa receita e criticas divididas.

A historia é sobre a vida de John Edgar Hoover (Leonardo DiCaprio) o criador da agência FBI. Desde muito jovem John começa a trabalhar para o estado e cedo se vê que irá subir rapidamente dentro do aparelho estatal. A sua vida social é quase nula, vive com a sua mãe e não tem amigos nem namoradas. É o grande responsável pela criação e desenvolvimento da agência de investigação FBI e é o seu homem forte durante 48 anos.

Dou-lhe um 7/10, achei o filme muito interessante, a historia da vida de uma figura tão estranha como John Edgar Hoover, a criação de uma das organizações mais famosas do mundo e o poder informativo que ele tinha sobre as outras pessoas . A interpretação de Leonardo DiCaprio é bastante boa, assim como a caracterização da épocas. Embora a maquilhagem é bastante má, o envelhecimento dos atores está péssimo, já há muito que não via uma maquilhagem tão mal feita.

3 de março de 2012

Gandhi (1982) de Richard Attenborough

"Quando desespero, lembro-me que, ao longo da historia, sempre triunfou a verdade e o amor. Houve tiranos e assassinos que durante um momento podem parecer invenciveis, mas, ao final, sempre caem. Tenham presente. Sempre." Umas das muitas famosas frases de Gandhi, certamente uma das pessoas mais famosas do século passado. Gandhi (1982) foi dirigido por Richard Attenborough, que disse na altura que era o filme que sempre quis fazer e teve de juntar dinheiro pois ninguém lhe queria produzir o filme.

A historia é sobre a vida de Mohandas K. Gandhi (Ben Kingsley), desde os seus anos em África do Sul, onde é um jovem advogado formado em Inglaterra e luta contra a discriminação a que os indianos estão sujeitos. Quando regressa à Índia é visto como herói pela população e ele decide viajar pelo seu país para conhecer melhor a sua gente. Aos poucos começa a ser o líder da oposição contra a ocupação inglesa sempre advogando a não violência.

Dou-lhe um 9/10, R. Attenborough consegui transmitir a riqueza da vida de Gandhi, as mais de 3 horas de duração em nenhum momento são aborrecidas. A interpretação de Ben Kingsley é magnifica, seria difícil alguém fazê-lo tão bem. O filme é grandioso, a fotografia, o cenário, os extras, a banda sonora, a montagem, maquilhagem, etc. Um filme dos anos 80 mas que faz lembrar as grandes produções dos anos 50/60. Filme que deveria ser obrigatório nas escolas, um exemplo de humanismo, luta e esperança.