Faz este ano 60 anos que estreou Rashomon - Às Portas do Inferno, o filme que deu a conhecer ao mundo ocidental Akira Kurosawa, um dos realizador japoneses mais famosos. Filme bastante inovador na altura com a utilização do flashback e com uma narrativa nada convencional.
A historia passa-se no Japão, num mosteiro em ruínas onde dois monges e um lenhador, falam de uma violação de uma mulher e do assassinato do seu marido por um bandido que ocorreu uns tempos atrás. Perante o tribunal a mulher violada, o marido falecido, o assassino, e uma testemunha contam as suas versões totalmente distintas. Enquanto contam a historia os três personagens que se encontram nas ruínas discutem filosoficamente.
O filme sugere que é impossível obter a verdade absoluta, e que esta pode ser vista perante diferentes pontos de vistas. A palavra "Rashomon" ficou desde então conhecida, em vários idiomas, como qualquer situação em que a obtenção da verdade é difícil por julgamentos diferentes. O filme obteve vários prémios em tudo o mundo, recebeu o Leão de Ouro em Veneza e ainda uma nomeação para um oscar.
Dou-lhe um 8/10 e é para mim um dos melhores filmes do realizador japones, um filme feito com um orçamento baixo mas com uma forte mensagem que nos deixa a pensar sobre o tema abordado. Um filme que vale de iniciação para quem não conhece Kurosawa ou o cinema asiático.
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