Sete Psicopatas (2012) de Martin McDonagh

Após o sucesso da comédia negra, In Bruges (2008), o cineasta Martin McDonagh volta à carga com o mesmo formato e também com o ator irlandês, Colin Farrell como principal protagonista. Agora apresenta-nos Seven Psychopaths (2012), filme que foi bem sucedido nas bilheteiras embora bem longe do seu anterior trabalho, In Bruges (2008).

A historia é sobre Marty Faranan (Colin Farrell), um escritor que atravessa um período negro na sua vida, não tem inspiração e bebe demasiado. O seu melhor amigo, Billy Bickle (Sam Rockwell) tenta ajuda-lo, mas essa ajuda nem sempre melhora a situação. Marty decide escrever para um filme e o titulo será Os Sete Psicopatas.

Dou um 6/10, a primeira hora é bastante boa com diálogos refinados e um humor negro bem trabalho, mas tal como aconteceu em In Bruges (2008), a segunda parte vai perdendo gás e termina em forma de filme popular para as massas. Um grande elenco de atores e umas boas historias fazem que merece a pena a sua visualização mas continuo achar que este cineasta bem talento mas falha sempre na finalização.

The Sessions (2012) de Ben Lewin

Falar sobre relações sexuais de pessoas descapacitadas fisicamente e mentalmente "normais" pode ser difícil pois podemos cair no drama fácil. Ben Lewin dirigiu este filme independente que foi recebido com criticas altamente positivas, sobretudo, para os atores principais John Hawkes e Helen Hunt. O filme é baseado num artigo escrito pelo jornalista O'Brien, comentado a sua própria experiência.

A historia é sobre O'Brien, um homem já perto dos 40 anos que desde criança é paralítico do pescoço para baixo. Nunca teve relações sexuais, embora o seu pénis funcione corretamente. Antes de procurar uma especialista decide ir à igreja para pedir a opinião ao padre (William H. Macy). Decide então avançar para a teraupeta de sexo e começa então as seis sessões com a profissional.

Dou um 7/10, se é um tema bastante difícil para abordar, mas o cineasta consegue fazê-lo de uma maneira divertida e sensível. As duas interpretações são realmente fantásticas e merecem os elogios recebidos, certamente que para Helen Hunt não nada fácil ter que despir-se tantas vezes. Certamente um filme a ver e um dos principais de 2012.

Férias em Roma (pt) - A Princesa e o Plebeu (br)

Até aparecer em Roman Holiday (1953) Audrey Hepburn tinha surgido em papeis secundários e foi neste filme que saiu para o estrelato. Em Roman Holiday (1953), que cumpre o seu 60º aniversário, Hepburn faz de jovem inocente, papel que iria repetir bastantes vezes na sua carreira. Foi dirigido por William Wyler que fez filmes como Ben-Hur (1959) ou Os Melhores Anos das Nossas Vidas (1946).

A historia é sobre a princesa Anna (Audrey Hepburn) que se encontra em Roma numa visita oficial. Cansada das obrigações decide escapar-se durante uma noite e viver a vida de um ser comum. Contudo adormece na rua e Joe Bradley (Gregory Peck), um jornalista americano, leva-a a casa sem saber que é a princesa.

Dou um 6/10, é a típica comédia romântica daqueles anos e que ainda hoje se utiliza. Mulher jovem e inocente que encontra acidentalmente o amor. Embora o filme seja previsível, a historia tem momentos bastante engraçados e divertidos, as atuações dos principais atores estão bastante bem assim como a fotografia a uma cidade de Roma nos seus anos 50 também. Recomendável para passar uma tarde em família nem que seja para ver a bela Audrey Hepburn.

Rua 42 (1933) - 42nd Street

Este filme é considerado como o avô dos musicais. Fez com que este género de cinema ficava novamente popular, influenciou bastante os musicais que se seguiram e também salvou a Warner Brothers da falência, tal foi o seu sucesso de bilheteiras. Filme que cumpre este ano o seu 80º aniversário e foi dirigido por Lloyd Bacon, um homem tanto do cinema como do teatro.

A historia é sobre dois produtores da Broadway Jones e Barry que preparam um musical em plena era da Grande Depressão. O espetáculo possui todos os tipos de artistas, desde garotas ingênuas, passando por estrelas que se acham as melhores do mundo, loiras assanhadas e damas de vida duvidosa.

Dou um 6/10, este filme é só recomendável para os puros amantes dos musicais, ou para quem tem curiosidade em saber o inicio dos musicais. Para os restantes não é aconselhável, visto que é o típico musical onde uma garota ingénua chega à grande cidade e luta por um lugar como corista no teatro, o resto da historia é conhecida. Bons diálogos e banda sonora e uma admirável montagem para um filme com 80 anos.

Sleeper (1973) de Woody Allen

Um dos filmes pelos quais me tornei fã de Woody Allen foi Sleeper (1973), que teve o nome de O Herói do Ano 2000 em Portugal e no Brasil de O Dorminhoco. Cumpre este ano o seu 40º aniversário e foi um dos primeiros filmes que fez o famoso cineasta. Hoje é visto como um clássico da comédia e para muitos um dos melhores filmes cômicos de sempre.

A historia é sobre Miles Monroe (Woody Allen), um clarinetista de jazz e dono de restaurante, que entra no hospital para fazer uma pequena operação, mas algo corre mal e é congelado em 1973 e trazido de volta 200 anos depois, por um grupo contrário ao poder vigente, que tem como objetivo derrubar o governo opressor.

Dou 9/10, é difícil ser imparcial quando falo do meu cineasta preferido e até é possível que está nota seja exagerada, mas na verdade parece-me uma comédia genial, que com subtileza brinca com a fição cientifica, com os revolucionários de esquerda e com algumas famosas cenas do cinema. Bastante bem escrito os diálogos e hilariante a parte quando lhe dizem ao personagem que afinal o tabaco e as gorduras fazem bem ao contrario do que se dizia em 1973.

Feitiço do Tempo (1993) - Groundhog Day

Quando há 20 anos atrás Harold Ramis dirigiu o Feitiço do Tempo (1993), acredito que não imaginou que este filme seria considerado por muitos como uma das melhores comédias da historia do cinema. Para além da boa bilheteira o filme foi ganhado ao longo dos anos o estatuto de culto, tendo sido imitado em outros filmes e series da tv. Harold Ramis que anteriormente tinha feito Ghostbusters (1984).

A historia é sobre Phil Connors (Bill Murray), um jornalista do tempo que é enviado pela 4ª vez cobrir as festividades do Dia da Marmota, numa pequena cidade do estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele não vê a hora de terminar o trabalho e voltar para casa, mas o inesperado acontece: ele cai em um "feitiço do tempo", e todos os dias seguintes passam a se repetir sempre iguais ao Dia da Marmota.

Dou um 9/10, para mim uma das melhores comédias de sempre, bastante divertida e com muitos pormenores deliciosos. É possivelmente a melhor interpretação Bill Murray, ele que transmite como ninguém os diferentes estados em que vai passando a personagem principal. Um filme que não se canso de ver e de me rir com os diferentes personagens da pequena cidade. Uma obra prima.

American Graffiti (1973) - Nova Geração

Ainda não tinha visto este clássico do cinema, American Graffiti (1973) foi o segundo filme realizado por George Lucas e produzido por Francis Ford Coppola. Filme de baixo orçamento, 770 mil de dólares, com nomes de jovens actores pouco conhecidos na altura, mas que mais tarde se tornariam estrelas como Richard Dreyfuss ou Harrison Ford. Cumpre este ano o seu 40º aniversário.

A historia passa-se em 1962 numa pequena cidade dos Estados Unidos, onde dois jovens passam a sua ultima noite na cidade com os amigos antes de partirem para a universidade. Assim, numa normal noite de verão varias coisas acontecem e interligam-se. Desde uma historia de amor que ameaça romper-se pela distancia, corridas de carros, um louco locutor de radio, um rebelde sem causa, muita musica e até as primeiras experiência sexuais.

O filme é uma espécie de documentario sobre os jovens da década de 60, as suas diversões, atitudes e esperanças. O filme teve um enorme impacto no cinema, foi um sucesso em termos de bilheteira (sobretudo entre os mais jovens) com um encaixe de 120 milhões de dólares, impressionante para um orçamento que só contou com 770 mil dólares. Serviu também de inspiração para outros filmes adolescentes como Grease (1978), The Diner(1982), Dazed and Confused (1993) ou American Pie (1999).

Dou um 7/10, é um filme divertido com uma boa banda sonora com muito rock n'roll da época. Tem também uma boa montagem, contudo pareceu-me a sua duração excessivamente longa. O filme merece bem o titulo de clássico e é frequentemente referido como o "pai" dos blockbuster's de verão.

Duck Soup (1933) dos Irmãos Marx

Há algum tempo que andava com vontade de ver algum filme dos famosos irmãos Marx, para quem nunca ouviu falar sobre eles, posso dizer que foram um dos cómicos mais famosos do cinema nos anos 20 e 30 a par com Charlin Chaplin. Eles serviram de influencia a vários realizadores entre eles Woody Allen. Duck Soup (1933) que teve os estranhos nomes de O Diabo a Quatro no Brasil e Os Grandes Aldrabões em Portugal, faz este ano o seu  80º aniversário.

 

A historia é sobre um problema entre nações, em que o líder de uma delas é Rufus Firefly um louco e excêntrico individuo que é espiado por dois homens da nação inimiga que são uns autênticos idiotas.

Melhores Filmes de Comédia

Dou-lhe um 4/10 não achei grande piada ao filme, alias achei-o aborrecido e só tem 66 min., o humor é muito simples e fácil, com a excepção de algum jogo de palavras inteligente. Há momentos em que o filme se torna musical e as vozes são péssimas. É curioso que este filme quando estreou não teve uma boa recepção por parte dos críticos e foi um fracasso em termos de bilheteira, o que provocou que a Paramount Pictures rescindisse o contrato com eles, contudo ao longo dos tempos o filme ganhou o estatuto de clássico da comédia.

The Angels' Share (2012) de Ken Loach

Sempre tenho acompanhado o cineasta britânico Ken Loach. Ultimamente fez Route Irish (2010) ou Looking for Eric (2009). É um cineasta que dirige filmes sobretudo dramáticos embora ultimamente tenha entrada um pouco na comédia. The Angels' Share (2012) é o seu ultimo trabalho, que recebeu boas criticas em estreou em Cannes 2012.

A historia passa-se em Glasgow, na Escócia, onde um grupo de pequeno delinquentes são enviados para fazer trabalhos forçados para a comunidade. Aí são chefiados por Harry que tenta ajuda-los a todos de alguma maneira. Um dia leva-os a conhecer uma destilaria de whisky, e Robbie (Paul Brannigan) fica encantado com todo o processo e isso irá mudar a sua vida.

Dou um 6/10, um dos filmes mais leves e menos dramáticos de Ken Loach, alias, são inúmeras as piadas e situações caricatas. Ainda assim, na minha opinião a comédia não é o terreno forte para este cineasta, as piadas e personagens são exageradas, ou seja, o filme não tem grande piada. Obviamente que Loach não tem obrigação de fazer sempre dramas, mas é esse o ambiente onde tem melhor desempenho.

O Discreto Charme da Burguesia (1972) de Luis Buñuel

Embora Luis Buñuel tenha realizado muitas obras primas durante a sua carreira, foi com Le charme discret de la bourgeoisie (1972) que conseguiu o seu único oscar, na categoria de melhor filme estrangeiro. Como historia engraçada, quando lhe perguntaram se achava se iria ganhar o oscar, Buñuel respondeu: "claro que sim, já pagamos aos americanos 25 mil dólares aos americanos e eles não irão faltar à palavra".

A historia é sobre um grupo de amigos de classe média/alta francesa que pretendem jantar juntos, mas há sempre alguma coisa que corre mal e o convívio é adiado. Há sempre algo inesperado que sucede, desde manobras militares, um bispo, policias, guerrilheiros, etc.

Dou um 5/10, é o primeiro filme de Buñuel que não gostei, ainda há pouco tinha falado muito bem de Viridiana (1961). Achei-o lento, aborrecido e com demasiado surrealismos contados em sonhos das personagens. A mim sinceramente não me parece uma grande critica do cineasta à burguesia, pareceu-me mais um devaneio de Buñuel.

Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012)

Steve Carell é um ator que gosto, desde que o vi em The Oficce, versão americana, embora seja um tipo que ator que esta talhado sobretudo para filmes cómicos. Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012) foi um fracasso na bilheteira mas a historia pareceu-me interessante e estava com vontade de uma comédia leve. Foi dirigida por Lorene Scafaria.

A historia começa com o anuncio que a tentativa de destruir um asteróide fracassou, assim, este ira chocar contra a terra em três semanas. A partir daí acompanhamos essas semanas a vida de Dodge (Steve Carell), que é abandonado pela sua mulher e decide procurar a sua antiga namorada com a ajuda de uma vizinha, Penny (Keira Knightley).

Dou um 6/10, uma comédia que começa bastante mal, com piadas forçadas e personagens exageradas e quando já parecia que seria tudo previsível o filme dá uma volta ao argumento e temos algumas surpresas e vemos algumas cenas de drama para além da melhoria das cenas cómicas. Filme leve que
entretém.

Safety Not Guaranteed (2012)‏

Este filme independente recebeu um pequeno prémio no famoso festival de Sundance deste ano. Foi dirigido por Colin Trevorrow, um jovem que se estreia nestas andanças. O filme foi muito bem recebido pela critica e dosseus 700 mil dólares de orçamento já obteve mais de 4 milhões derecaudação.

A historia é sobre Darius Britt (Aubrey Plaza), uma jovem que está quase a terminar o seu curso de jornalismo e está a estagiar numa revista emSeattle. Aí decide ajudar a Jeff Schwensen (Jake M. Johnson), que irá investigar um anuncio bizarro num jornal onde se menciona a possibilidadede viajar no tempo.

Dou um 7/10, uma comédia divertida e inteligente, num filme com um orçamento bastante modesto. Alem, dos bons desempenhos dos atores, há que assinalar o argumento muito bem escrito e que em algumas ocasiões nos dá um pouco de drama e sonhos perdidos da geração dos 20/30 anos. Filme recomendável.

Boudu Salvo das Águas (1932) de Jean Renoir

Jean Renoir foi um dos cineastas europeus mais importantes da primeira metade do século passado, em 1931 obteve um enorme sucesso com La Chienne e à 80 anos com Boudu sauvé des eaux (1932), Boudu Salvo das Águas. Alguns anos depois Renoir foi convidado para ir até Hollywood. Este filme já teve vários remakes mas nenhum teve o sucesso do original.

A historia é sobre Boudu (Michel Simon) um vagabundo que perde o seu cão e farto de viver decide atirar-se de uma ponte ao rio para matar-se. Contudo Edouard (Charles Granval) um dono de uma livraria de Paris salta ao rio e salva Boudu. O vagando fica então a viver na casa do livreiro junto com a sua empregada e mulher.

Dou um 7/10, Boudu é um vagabundo bastante parecido com Charlie Chaplin, odeia estar preso às normas e regras da sociedade e tem um comportamento egoísta e é mal educado com todos os que o rodeiam. Filme divertido com algumas criticas à sociedade dessa época. Excelente interpretação de Michel Simon que faz de Boudu.

To Rome with Love (2012) - Para Roma com Amor

Woody Allen volta a fazer um filme na Europa, depois de Londres, Barcelona e Paris agora foi a vez de Roma. É impressionante a capacidade de trabalho deste cineasta que anualmente estreia um filme. To Rome with Love (2012) foi um verdadeiro sucesso comercial embora tenha tido muitas criticas negativas.

O filme esta composto por quatro historias que se passam em Roma, Itália. Jack (Jesse Eisenberg) um estudante de arquitetura que apaixona-se por Monica (Ellen Page) a melhor amiga da sua namorada. Jerry (Woody Allen) e a sua mulher, Phyllis (Judy Davis) viajam até Roma para conhecerem o namorado da sua filha. Leopoldo (Roberto Benigni) uma pessoa aborrecida de que repente vê a sua vida assaltada por paparazzi. E por fim Antonio e Milly, um casal recem casado que querem trabalhar em Roma mas se vêem no meio de uma serie de mal entendidos.

Dou um 6/10, um dos filmes mais fracos que vi de Woody Allen nestes últimos anos. Algumas das historias são ridículas, desinteressantes e sem qualquer piada. Ainda assim, o filme tem o toque de Allen em outras situações, a historia entre Jack e Mónica é engraçada e a presença de Alec Baldwin como consciência dos dois é genial. É sempre bom ver um filme do grande Woody mesmo que esteja os pontos abaixo do que estamos habituados.

Sombras da Escuridão (pt) - Sombras da Noite (br)

Imensas comédias já utilizaram a personagem que viaja no tempo e confrontando com todas as diferenças existentes cria situações embaraçosas e engraçadas. É o que faz Tim Burton neste Dark Shadows (2012), ele mais uma vez trabalha com Johnny Depp. Uma comédia negra que obteve uma boa receita de bilheteira mas varias criticas negativas.

A historia começa em 1972, quando a família Collins parte de Liverpool para ir viver em Maine, nos Estados Unidos. Conseguem obter uma fortuna e Barnabas Collins (Johnny Depp), o filho, torna-se um playboy, mas comete o erro em seduzir Angelique Bouchard (Eva Green), que é uma bruxa. Após o rechaço de Barnabas a Angelique esta decide matar a sua família, torna-lo vampiro e enterra-lo durante 200 anos.

Dou um 6/10, na primeira hora temos uma comédia negra genial com muitas piadas e um J. Deep em grande. Mas após essa hora o filme dá uma volta e de comédia transforma-se em terror com vários tiros, explosões e uma quantidade decente de monstros e sangue. Ainda assim, vale pela sua 1ª hora.

Love Me Tonight (1932) - Ama-Me Esta Noite

Quem gosta de musicais não pode deixar de conhecer Love Me Tonight (1932), para muitos um dos musicais mais importantes da historia do cinema, cumpre este ano o seu 80º aniversário, e foi dirigido por Rouben Mamoulian que fez neste filme varias inovações, como o som das ruas ou a flexibilidade das câmaras.

A historia é sobre Maurice Courtelin (Maurice Chevalier) um alfaiate parisiense que vendeu vários fatos a um visconde, mas este demora em pagar-lhe, então ele decide ir ao seu castelo exigir o pagamento da divida. Aí o visconde com medo de ser descoberto tenta dizer que Maurice é um conde. Maurice acha piada à situação e decide avançar com a brincadeira.

Dou um 6/10, filme bastante divertido e entretem, com excelentes desempenhos dos atores principais. As musicas são divertidas e não estão em exagero no filme. Lógico que ver este filme 80 depois do lançamento não tem o mesmo impato que teve em seu dia. Historia romântica com os clichés habituais.

Moonrise Kingdom (2012) de Wes Anderson

Começa já a ser um acontecimento a estreia de qualquer filme de Wes Anderson, um cineasta talentoso que fez trabalhos como Rushmore (1998), The Royal Tenenbaums (2001) ou o mais recente Fantastic Mr. Fox (2009). O seu prestigio é tal que muitos atores baixaram o seu caché para entrarem nesta comédia, Moonrise Kingdom (2012).

A historia passa-se em 1965 numa ilha de Nova Inglaterra, Sam Shakusky (Jared Gilman), um garoto de 12 anos, decide fugir do seu acampamento de escuteiros e ir ao encontro de Suzy Bishop (Kara Hayward), que decide fugir de casa com Sam. Os dois partem a aventura mas são perseguidos pelos outros escuteiros, policia e pais de Suzy.

Dou um 7/10, para mim o melhor trabalho de Wes Anderson até agora, bom argumento, sobretudo os diálogos entre Sam e Suzy. Boa caraterização da época e do local. Um filme com magia que nós transporta aos verões infantis onde há mais tempo e onde tudo parece possível. Filme agradável cómico e leve.

Starbuck (2011) - Comédia do Quebec

A zona canadiana do Quebec é certamente a que mais e melhor cinema produz em todo o país. Monsieur Lazhar (2011) ou Incendies (2010) são alguns dos exemplos. Starbuck (2011) teve uma magnifica bilheteira no Quebec e já se fala em um remake em Hollywood. Filme dirigido por Ken Scott.

A historia é sobre David Wozniak (Patrick Huard), que quando era jovem doou esperma a uma clínica e hoje já perto dos seus 40 anos é confrontado com a noticia que é pai de 533 pessoas. Mas David, um distribuidor de carne, que planta marijuana, tem problemas com meio mundo, não quer conhecer os seus filhos.

Dou um 6/10, gostei da personagem de David, uma espécie de Big Lebowski, com bons princípios mas muito desorganizado. O filme tem os típicos clichés deste tipo de comédia, alias mais que uma comédia é também um drama pois a vida de David é bem mais dramática que engraçada. Ainda assim, é divertido e ligeiro.

Strictly Ballroom (1992) - Vem Dançar comigo

Antes de fazer Moulin Rouge! (2001), o cineasta Baz Luhrmann fez um filme que hoje é considerado de culto, Strictly Ballroom (1992), filme australiano que foi um verdadeiro sucesso de bilheteiras há precisamente 20 anos. O filme ganhou imensos prémios e lançou Baz Luhrmann para filmes com maior orçamento.

A historia é sobre Scott Hastings (Paul Mercurio) um jovem dançarino de salão que tem tudo preparado para se tornar campeão nacional dessa modalidade, mas numa qualificação decide introduzir passos novos o que leva à sua desclassificação e abandono da sua parceira. Scott fica na duvida entre seguir em frente com a novidade ou ir pelas regras.

Dou um 6/10, filme cómico e divertido que é uma sátira aos filmes musicais dos anos 80, tipo Dirty Dancing (1987), onde existe um excelente bailarino e uma "patinho feio" que sonha em dançar. O filme é um pouco "brega" mas consegue o seu objetivo soltar umas gargalhadas dos espetadores e ouvir uma bela banda sonora.

The Heartbreak Kid (1972) de Elaine May

Para muitos Elaine May foi uma das cineastas mais infravalorizadas do cinema. foi atriz, escritora e dirigiu alguns filmes, Sendo The Heartbreak Kid (1972) o seu filme mais famoso considerado como uma das melhores comédias românticas de sempre, que cumpre este ano o seu 40º aniversário. Foi baseado no livro de Bruce Jay Friedman com o nome de Uma Mudança de Plano.

A historia começa com um casamento de judeus em Nova Iorque entre Lenny (Charles Grodin) e Lila (Jeannie Berlin), os dois vão passar a lua de mel a Florida e durante a viagem de carro, Lenny começa a pensar que cometeu um erro em casar-se. Quando chegam a florida lenny conhece a Kelly (Cybill Shepherd) e fica perdidamente apaixonado.

Dou um 6/10, a primeira hora é simplesmente genial, uma autentica comédia negra repleta de momentos divertidos, por vezes faz lembrar os primeiros tempos de Woody Allen. Na segunda hora o filme perde essa comédia negra e entra no campo da pura comédia romântica e quanto a mim perde bastante o interessante. Ainda assim, um filme certamente leve, divertido e recomendável nem que seja só para ver como era bela a Cybill Shepherd.