19 de fevereiro de 2012

Nader e Simin - Uma Separação (2011)

É impressionante a quantidade e qualidade de filmes iranianos que são lançados anualmente, e é habitual vermos estes filmes premiados nos principais festivais de cinema. Nader e Simin uma Separação (2011) foi dirigido pelo cineasta iraniano Asghar Farhadi, que já tinha surpreendido pelo excelente thriller About Elly (2009). Com o seu novo filme trabalho recebeu inumeras nomeações e também prémios dos principais festivais de cinema.

A historia passa-se em Teerão, Simin (Leila Hatami) decide pedir o divorcio ao seu marido Nader(Peyman Moaadi), o motivo é porque ele não quer ir para o estrangeiro com ela e a filha deles. Nader aceita sem problemas o divorcio e alega que não vai ao estrangeiro porque tem de tratar do seu pai de sofre de Alzheimer. Simin decide voltar à casa dos seus pais e Nader contrata uma mulher para o ajudar a cuidar do seu pai. Contudo um dia ao chegar a casa encontra o seu pai atado na cama e sem ninguém em casa.

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Dou-lhe um 9/10, é um magnifico filme que nós dá uma visão diferente da sociedade iraniana. Com um argumento tenso e complexo, cheio de desafios à moralidade e mostrando como o ser humano mesmo com bons princípios sempre tem uma ponta de egoísmo. Os atores principais estão bastante bem e são os culpados pela tensão que existe ao longo do filme. Provavelmente o melhor filme de 2011.

6 comentários:

  1. Coincido contigo plenamente en la calificación. Hacía tiempo que no veía una película de esta categoria. Una pelicula que además de entretener con una historia dinámica y que imprime intriga, que es a lo único que se limitan la mayoría de peliculas (en el mejor de los casos), consigue ademas plantear dilemas morales, no uno, ni dos, varios; la pelicula esta llena de situaciones que te hacen pensar ¿como actuaría yo ante tal situación?

    Y lo hace sin juzgar, y sin caer en la moralidad facil de lo politicamente correcto,juzgando unicamente aquello que merece ser criticado, que no es otra cosa que el sistema judicial iraní.

    Muy buena pelicula, joder que si.

    Ghetto defendant

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    1. Se o filme critica o sistema judicial iraniano, o que o Asghar Farhadi diria do sistema judicial brasileiro que, como o da maioria dos países do mundo, é altamente corrupto e truculento?

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    2. Será que não há advogados em irã?

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  2. O filme tem tantos aspectos significativos a serem analisados que buscar uma crítica ao sistema judiciário é uma perda de energia. O fato é que a grande parte das pessoas que assiste a filmes iranianos vai com ideias preconcebidas (fruto da campanha que hoje vaga pelo mundo contra o Irã, que é a bola da vez) e procura encontrar no filme fatos que comprovem essas ideias. E, como sempre acontece nesses casos, acaba encontrando alguma coisa. O Luiz Carlos Merten chegou a escrever que o filme era uma crítica da condição da mulher no Irã!
    É preciso ficar muito atento para não entrar inocentemente no jogo pela disputa do controle do petróleo do Oriente Médio que hoje ocupa grande parte da política no mundo. É convém lembrar também das semelhanças do caso iraniano com o do Iraque antes da invasão.

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    1. Quero acreditar (talvez seja ingenuo) que o diretor além de querer dar uma imagem da sociedade iraniana quis também dar uma ideia da luta interior de um ser humano crente em deus perante a mentira.

      Um abraço

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