22 de maio de 2010

Ninguém Sabe Nada dos Gatos Persas (2009)

Para quem costuma acompanhar este blog sabe que gosto do cinema iraniano, sobretudo porque os seus directores conseguem fazer bons filmes com baixos orçamentos, com actores não profissionais mas quase sempre com bons argumentos. Desta vez vi Ninguém Sabe Nada dos Gatos Persas, filme de 2009 realizado por Bahman Ghobadi que trabalhou durante anos com Abbas Kiarostami.

A historia é sobre a musica underground que se fax em Irão, acompanha a dois jovens (um rapaz e uma rapariga) que tentam arranjar maneira de passaporte para poder sair do país e ir a Londres dar um concerto. Nisto tentam convencer a outros músicos de bandas em Teerão para irem com eles até à capital inglesa. Assim ao longo de algumas semanas conhecem varias bandas de garagem na cidade, locais onde se dão concertos ilegais e gente que se movimento pelo mercado negro tentando evitar a censura do país.

O filme é uma espécie de documentario que faz lembrar o 24 Hour Party People (2002), mas desta vez estamos no Irão, onde encontramos uma sociedade dividida, por um lado temos uma franja da sociedade jovem e instruída que quer liberdade e por outra temos uma franja opressiva que tenta limitar os passos da sociedade. O filme está repleto de musica, de bandas que existem em Teerão, desde Heavy metal até ao hip hop, conta os seus problemas em ensaiar, com a policia e com a censura.

Melhores Filmes de Drama

Dou-lhe um 7/10 é um filme que recebeu vários prémios internacionais, com realce para o prémio especial do júri em Cannes. Acho que merece a pena ver, nem que seja para conhecer a realidade que existe no Irão, pois da-nos uma visão bem diferente daquela que estamos acostumados em ver na televisão ou nos jornais. O único ponto negativo que vejo no filme é a parte final que parece-me a mim demasiado dramática e... não havia necessidade...

1 comentário:

  1. A mi me parecio muy buena la pélicula, que por otro lado me quede con ganas de ver en el pasado festival de San Sebastian por gentileza de la mafia-taquillera.
    Me gusto mucho la forma de entrelazar los distintos grupos que va mostrando (que nivelón musical hay en Teheran!!), y sobre todo las situaciones inverosimiles y la imaginación con la que solventan los problemas, algo muy típico en el cine iraní (supongo que fiel reflejo de su sociedad, la cual no he tenido aun el gusto de conocer).
    El final dramático, si, pero real, y me temo que habitual en el regimen de Ahmadineyad.
    Ghetto Defendant

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